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Opções para momentos de bloqueioQuem tem opções - ou as busca - não fica paralisado De repente você se dá conta de que está sem qualquer inspiração. Pode estar olhando para um folha, um monitor, um problema ou o que for e... nada. Às vezes parece que achou um rumo, mas não, não é uma boa idéia. Então você resume a situação dizendo para si mesmo: "Estou bloqueado!". Sem opções. Sem ponto de partida. Sem inspiração. Vazio. Travado. Talvez você ache até outros nomes mais emocionais. A descrição acima pode soar algo dramática, mas o fato é que as descrições dos problemas muitas vezes contêm em si mesmas o direcionamento das soluções. O que alguém nessas condições precisa é de opções, de pontos de partida, de inspirações, de encher-se de idéias, de destravar-se. Esse é justamente o propósito desta matéria, resumido simplesmente como opções para momentos sem opções. Depois de aplicar seu conteúdo, possivelmente você não vai entender como é possível alguém achar que está bloqueado, talvez até conclua que o único bloqueio mesmo é acreditar que existem bloqueios. Opções1) Palavras-chave Se está se sentindo bloqueado, o está em relação a algum tema: um trabalho, relatório ou reportagem, por exemplo. Se existe o tema, então já se tem o ponto de partida. Simplesmente vá escrevendo palavras-chave relacionadas ao tema em uma folha maior, de forma que todas fiquem no mesmo campo visual e você possa olhar para todas rapidamente. Depois apenas fique olhando para elas, enquanto espera o efeito provocador das palavras. Um exemplo. Suponha que você tem que escrever algo sobre "Inteligência dos golfinhos". Sua lista poderia incluir: inteligência, comportamento, água, esperteza, filhotes, aprendizado, habilidades, Fernando de Noronha, e por aí vai, uma idéia puxando outra ou outras. Nisso você pode se lembrar de um livro com fotos dos bichos, de um parque onde golfinhos fazem proezas, de uma matéria no site Possibilidades sobre como golfinhos aprendem... Em poucos minutos você terá abundância de idéias.
2) Falta informação, mesmo O que pode estar acontecendo é que você realmente não tem informações e conhecimentos sobre o tema e está querendo tirar suco de limão seco, talvez influenciado negativamente pela pressa de "acabar logo com isso". Por exemplo, diga tudo que sabe sobre "Mecanismos de auto-regulação da produção de hormônios nos felinos" ou quem sabe "Impactos da Cibernética na Psicologia". Por vezes podemos intuir a nossa riqueza de conhecimentos sobre algo escolhendo uma palavra relacionada e notando o que vem associado a ela. Por exemplo, diga tudo que sabe sobre televisão. Se você tem dificuldade de saber por onde começar, é porque há muitas possibilidades.
3) Estímulo aleatório Pegue uma revista qualquer, abra-a em uma página qualquer e aponte para um ponto qualquer. Escolha o substantivo ou verbo mais próximo e veja que idéias ele provoca. Essa é uma das formas da técnica do estímulo aleatório (veja a respectiva matéria). Ou acesse um serviço de pesquisa da internet e procure algo ligado ao seu tema. Não vão faltar estímulos e provocações.
4) Trabalhe iterativamente Uma das causas de bloqueios é querer gerar um produto perfeito ou bom o bastante de primeira. Isso é como querer produzir um discurso perfeito de improviso: possível mas não é o mais esperável. Na verdade a maioria das coisas que produzimos são feitas iterativamente: fazemos uma versão inicial e vamos melhorando-a gradativamente. Alguém já disse que "os seres humanos são muito melhores aperfeiçoando algo existente do que criando algo do nada", o que soa muito apropriado à minha experiência (este site foi reestruturado e refeito 3 vezes, quem sabe 4, e quase todas as matérias foram feitas desta maneira). Assim, como objetivo mais imediato, pode ser melhor produzir uma primeira versão sem muitos critérios de qualidade. Além disso, será mais prazeroso produzir sem muitas regulações e com mais liberdade.
5) Faça perguntas O que você fez hoje? Se tirasse férias, onde gostaria de ir primeiro? Buscar a resposta para perguntas parece ser quase uma compulsão mental. Use-a a seu favor fazendo-se perguntas, como: - "O que eu sei disto"? - "Que experiência tive com isto?" - "Quando eu tiver terminado, como vai ficar?" Se quiser algo mais estruturado, tente o mapa mental abaixo:
(veja mais sobre perguntas em Objetivos e Decisão: Direcionando-se com perguntas)
6) Visualize o resultado Antes de poder definir como fazer algo, é preciso saber o que será feito. Você planeja como passear depois de definir aonde vai; define o que vai ter no almoço para depois fazer a comida. Pode ajudar em momentos difíceis focar por alguns momentos aquele instante em que o que você quer fazer estará pronto. Mesmo que a imagem esteja incompleta, como um espaço em branco em uma página do jornal, pelo menos a estrutura do que será feito estará em sua mente, o que é melhor do que ter nada. Feito isso, você pode tentar também acreditar que aquela lacuna estará preenchida logo. Se não ajudar, pelo menos atenua os efeitos de não acreditar que vai conseguir ou, pior, acreditar que não vai conseguir. Experimente perguntar: "E se eu neste momento - apenas - acreditasse que essa coisa vai sair, isso faria alguma diferença? Enfocar o resultado pode ajudar também quando um dos fatores do bloqueio é um conflito de intenções, do tipo "Tenho que fazer isso mas queria estar fazendo outra coisa". Pensar em fazer outra coisa não costuma fornecer inspiração para a coisa atual.
7) Afaste-se Você já saiu alguma vez de um ambiente para pensar melhor ou acalmar-se? Muitas vezes o ambiente exerce influências sobre nosso estado e essas influências ficam por ali, nos rodeando. Saindo por um tempo daquele espaço, podemos acalmar as coisas e buscar outras opções com tranquilidade, para em seguida retornar levando as novas possibilidades. Pode ser ainda melhor fazer algo bem envolvente, que o faça esquecer-se completamente do espaço-problema por alguns minutos. Sugiro não tentar esquecer; isso é análogo a anotar algo que você quer esquecer.
ObstáculosProvavelmente você já teve a experiência de estar diante de alguém com um problema cuja solução para você era tão óbvia que você mal compreendia como a outra pessoa não a estava vendo. Uma das minhas imagens preferidas para ilustrar isso é alguém olhando para o sol e gritando: "Vou ficar cego, vou ficar cego!" e que... continua olhando para o sol. Então, o verdadeiro problema não parece ser o bloqueio, mas sim a paralisia diante do bloqueio. Se você conseguir nesse momento apenas se mexer um pouco na direção de iniciar o movimento de buscar saídas, soluções, possibilidades, poderá eventualmente descobrir que não só as opções existem como também são muito mais do que precisa no momento. Pelo menos sete opções você já tem. Virgílio Vasconcelos Vilela |
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